Relatório de estágio

1040 palavras 5 páginas
O real dilema entre inflação e crescimento O mero afrouxamento da atual política de metas para a inflação não traria o crescimento sustentado.
Márcio G. P. Garcia1
15 de abril, 2005
Nossa experiência hiperinflacionária, que aliou altíssima inflação à recessão, deveria ter nos incutido enorme aversão à inflação. Não parece ter sido o caso. Ainda que o Brasil venha mantendo taxas de inflação dentre as mais elevadas entre os países ditos emergentes, cresce no país um clamor por mais inflação.
Na segunda-feira (11/4/05), o professor João Sabóia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ, expôs na página ao lado a questão de forma muito clara: existem muitos, como ele, “... que almejam a retomada do crescimento econômico, mesmo que o preço a ser pago seja um pouco de inflação”. Segundo o Prof. Sabóia, “...conforme sugerido pela curva de Phillips, o país poderia conviver com uma inflação mais alta e uma taxa de desemprego mais baixa, ou com uma inflação mais baixa e uma taxa de desemprego mais alta”. Assim, seria uma questão de preferência do condutor da política econômica escolher qual a composição de desemprego e inflação com que a sociedade deve conviver. Talvez fosse de fato bom poder trocar um pouco mais de inflação por uma redução do desemprego e aumento do crescimento econômico. Infelizmente, essa troca não é possível.
A curva de Phillips é assim chamada por ter sido descoberta em 1958, quando A.
Phillips traçou um diagrama relacionando a taxa de desemprego à taxa de inflação no
Reino Unido, de 1861 a 1957. Dois anos depois, P. Samuelson e R. Solow (ambos posteriormente agraciados com o prêmio Nobel) repetiram o exercício para os EUA, com dados de 1900 a 1960, chegando à conclusão de que lá também havia uma relação inversa entre inflação e desemprego.
Desde então, difundiu-se a implicação para a política econômica de que seria possível escolher em que ponto a economia deveria estar na curva de Phillips: inflação baixa com desemprego

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