Relações Históricas entre Cuba e Estados Unidos
As relações entre Cuba e os Estados Unidos tem origem oficial no fim do século XIX, porém desde antes dos movimentos de independência dos dois países, norte-americanos e cubanos já tinham interesses em comum. Planos de comprar Cuba do Império Espanhol eram sempre discutidos nos Estados Unidos. À medida que a influência espanhola declinava no Caribe, os Estados Unidos foram gradualmente conquistando uma posição de domínio econômico e político sobre a ilha, com grande maioria das explorações de investimento estrangeiro e a maior parte das importações e exportações em suas mãos, bem como uma forte influência sobre os assuntos políticos internos cubanos.
A partir da terceira e última guerra de independência em iniciada 1895, Cuba estabeleceu oficialmente relações com Estados Unidos. Em 1897, um regime de autonomia foi, finalmente, conquistado por Cuba que estava sob proteção dos americanos. Estes, determinados a fazer a ilha entrar para sua zona de influência, declararam guerra contra a Espanha, derrotada em poucas semanas. Dessa forma, após ter se tornado Estado independente, Cuba foi ocupada, por quatro anos, pelas tropas americanas. A emenda de Platt, inserida na Constituição cubana em 1901, definia a ilha como um protetorado americano e conferia aos Estados Unidos o direito de ocupação militar, caso seus interesses fossem desrespeitados. A construção da base naval americana na baía de Guantánamo, no sudeste da ilha, data desse período.
O primeiro presidente cubano, Tomás Estrada Palma, firmou com os Estados Unidos, em 1903, um contrato perpétuo sobre a zona que cerca a baía, renovado em 1934. Cuba se transformou em objeto de sucessivos ditadores, entre eles Gerardo Machado (que governou entre 1925 e1933), seguido de Fulgêncio Batista. Batista, que tinha relações com a política cubana desde 1933, foi presidente de 1940 a 1944 e voltou em 1952, depois de um golpe de Estado. Em 1 de janeiro de 1959, ele foi derrubado pelos guerrilheiros