Reintegração à Sociedade
Para muito a prisão é o fim. Acham que a vida acabou tornando-se incapazes de se reintegrarem à sociedade e ao convívio familiar. Muitas vezes são excluídos até mesmo pela família. Uma das formas de reintegrar o preso à sociedade e ao convívio familiar é através do trabalho. Infelizmente o trabalho não é oferecido a todos e, muitas vezes a sua inserção nas atividades produtivas passa pela recompensa da direção do sistema pelo seu bom comportamento no cárcere, dentro desse espaço: “a possibilidade de exercer alguma prática de trabalho passa a tornar-se no interior das instituições penais, uma regalia desfrutada por poucos, já que os estabelecimentos não apresentam projetos de ressocialização via prática do trabalho” (Souza, 1998:226).
Para os presos o trabalho desempenha funções que objetivam a possibilidade de desenvolver alguma atividade produtiva que também funcione como redutor de pena. Nesse aspecto, Foucault destaca que: “O trabalho penal possui um significado e um sentido útil à sociedade capitalista, não enquanto atividade que produz e reproduz certo sistema econômico, político e social, mais que veicula um poder rigoroso, que trás, com efeito, a possibilidade aos infratores de através do trabalho, reincorporar regras, hábitos idealmente indispensáveis a um bom relacionamento social” (1998:238). O trabalho dentro da prisão deveria ter funções que junto com uma política de assistência pudesse reintegrar os presos à sociedade mostrando o outro lado do sistema prisional.
Bibliografia:
SOUZA, R. C. M. de. A questão do trabalho no interior das prisões
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: História da violência nas prisões