Regras relativas à distinção entre normal e patológico

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Capítulo III – Regras relativas à distinção entre normal e patológico (imperativos práticos)

Duas ordens de fatos muito distintas em certos aspectos: o que são o que devem ser (normais) e os que são o que deveriam ser de outro modo (patológicos). Ciência, apenas diz o que os fatos são, não os julga: não haveria então finalidade prática, não pode a ciência dizer a finalidade a ser buscada.
Encontrar um critério objetivo em que a ciência encontre nos fatos mesmos algo que permita cientificamente distinguir a saúde da doença então ela esclarecerá a prática e se manterá fiel ao seu método.

I

Analogia com a dor. Saúde: perfeita adaptação do organismo ao seu meio, doença, tudo o que a perturba. Em um organismo, cada órgão com sua função para a manutenção do equilíbrio vital. Doença nem sempre nos deixa desamparados, mas nos obriga a nos adaptar frente certa necessidade especial. Critério é muito inaplicável! Erro é atingir prematuramente a essência dos fenômenos: supõe como admitidas proposições que só poderão ser comprovadas, ou refutadas, quando a ciência estiver em um estado mais avançado. Devemos simplesmente buscar um sinal exterior que nos permite distinguir essas duas ordens de fatos.
Início da tese de Durkheim sobre normal e patológico: fenômenos sociais capazes de assumir duas formas diferentes, embora não deixem de ser essencialmente eles próprios: a) Gerais: se verificam senão em todos na maior parte dos indivíduos, variando de um sujeito a outro (variações compreendidas dentro de limites) – chamaremos de fatos normais – tipo normal se confunde com o tipo médio; b) excepcionais: se verificam na minoria e muitas vezes nem duram muito tempo (exceção no espaço e tempo) – chamaremos de fatos patológicos.

Analogia com o fisiologista: este estuda as funções do organismo médio, tal como o sociólogo. Um fato só pode ser considerado patológico para uma espécie dada, impossível para um fenômeno a priori: não julgar as coisas por boas ou más em si mesmas.

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