Regionalização

O conceito de região, desde os seus primórdios, sempre foi diretamente associada ao campo da Geografia, por ser onde é mais diretamente abordado e explanado, sendo por algum tempo considerado como o definidor do estudo da disciplina. Porém, hoje em dia, sua compreensão ganhou uma complexidade, variando de concepção desde entre as populações até entre os grandes dicionários. Percebe-se, entretanto, um senso comum que na maioria das vezes define região como um “recorte” espacial, observado em várias escalas. Isso pode ser observado nas três fases da história da evolução do conceito de região no campo do pensamento geográfico. Numa primeira fase, a distinção de duas ou mais regiões é feita a partir de determinantes físico-cultural, que podem variar de um lugar para outro, mas nunca aceitando divisões político-administrativas. Numa segunda fase, região é o resultado de uma ação humana ou da “relação homem-meio”. Já na terceira fase, incorpora-se a concepção de região econômica, baseada principalmente na industrialização. Para auxiliar na compreensão mais específica do termo ‘região’, Haesbaert (1999), aborda quatro pressupostos do debate regional: a singularidade ou diferenciação espacial, tanto nas questões geográficas quanto culturais; a coesão ou integração entre diferentes dimensões do espaço; a relativa estabilidade e continuidade espacial e a relevância das meso-escalas. Quanto ao segundo pressuposto, a realidade é que uma região normalmente é definida através da análise de uma única dimensão, elemento conhecido como “estruturador”. Porém, o correto seria conceituá-la através da intersecção do resultado da análise de múltiplas dimensões. O terceiro pressuposto refere-se à questão da manutenção da continuidade espacial já que atualmente acontece de um espaço como um todo não poder ser regionalizado a partir dos mesmos critérios. Já o quarto pressuposto coloca a escala meso-local como referente ao nível global e não ao nacional, afirmando assim que as regiões são