Reforma Psiquiátrica contexto histórico- social

Os hospitais psiquiátricos surgem no Brasil no final do século XIX, tendo como principal influência o modelo psiquiátrico francês de Philipe Pinel, no entanto os ideais propostos inicialmente por Pinel os quais se pautavam em um tratamento baseado na reeducação do alienado, onde a função disciplinadora do médico e do manicômio deveria ser exercida com um equilíbrio ideal entre firmeza e gentileza Lopes (2001). Com o passar dos anos a proposta de Pinel sofreu mudanças cruciais, mudanças essas que tiveram grande repercussão para os hospitais psiquiátricos brasileiros, sendo que os quais centravam-se nas medidas higienistas- sanitaristas como: duchas de banho gelado, chicotadas e até mesmo um tratamento denominado de sangria. De acordo com Lopes (2001), essas medidas eram utilizadas por aqueles que defendiam a teoria organicista, logo, os maus tratos eram justificados tanto pelo modelo fisiológico patológico, como pelo modelo de tratamento moral (medidas punitivas). Mesmo nos dois séculos seguintes que culminaram com a criação do ministério da saúde no Brasil, as formas rudes de tratamento persistiram, Para a melhor compreensão sobre o ministério da saúde e suas conseqüências para a saúde pública no Brasil se faz necessário ainda que breve uma introdução: O ministério da saúde surge em 1953 no governo de Getúlio Vargas, e embora já houvessem outras ações na área de saúde no início da década, pode-se afirmar que o ministério da saúde tornou-se sinônimo e continuação do serviço especial de saúde (Sesp) pois, ambos representavam o caráter e otimismo sanitarista, nesse cenário o conceito de integração entre medicina preventiva e medicina curativa tinha grande importância no pensamento Sespiano, ou seja era preciso ver o homem como um ser integral. Todavia, mesmo após décadas da criação do ministério da saúde, os hospitais psiquiátricos ainda apresentavam métodos arcaicos de tratamento; na década de 1970 eclode no Brasil a reforma psiquiátrica, esta tinha como