Reforma psiquiatrica
RESENHA
O artigo foca na reforma psiquiátrica brasileira na última década. Pode-se dizer que fora muitas décadas de um crescimento de um movimento social desigual,constantes e jamais visto no Brasil e no mundo em torno da luta dos direitos humanos. Nessa última década muitas dessas bandeiras de luta se tornaram reais no pais. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Serviços Residenciais Terapêuticos
(SRT), o Auxílio de Reabilitação Psicossocial, expandiram, significantemente,a possibilidade de desinstitucionalização responsável de pessoas submetidas a longos períodos de internações psiquiátricas, ao tempo que se assistiu a uma redução expressiva de leitos em hospitais psiquiátricos, particularmente nos estados do sudeste e nordeste brasileiro. Paralelamente se solidifica um modelo de atenção psiquiátrica baseado na comunidade e não centrado no hospital como a escolha da política pública de saúde mental no país.
Já existem no país, corroborando estudos internacionais, evidências de níveis de efetividade individual e social maiores para pessoas com transtornos mentais que estão sendo tratadas na comunidade, se comparadas àquelas tratadas em regime de privação de liberdade. Pode-se dizer que as ultimas conferencias de saúde mental,municipais,estaduais e nacionais,dão muita importância a opinião de usuários e trabalhadores da saúde,onde eles clamam pela condenação do manicômio e pela defesa da liberdade terapêutica.Todos advogam uma diversificação dos serviços comunitários n território para enfrentar a complexidade dos transtornos mentais e o uso abusivo de substancias psicoativas,e condenam as condições desumanas que muitos hospitais seguem despensando a seus usuários. Entretanto,observamos que o confinamento e a exclusão da loucura e do uso abusivo de drogas está presente entre políticos, legisladores, gestores, acadêmicos, mídia e no imaginário de setores hegemônicos da