Reforma Agrária no Brasil Atual

4462 palavras 18 páginas
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A história da reforma agrária brasileira se inicia tardiamente, no final dos anos dourados (década de 50) e início dos anos 60, quando a reivindicação pelas “reformas de base” (agrária, urbana, bancária e estudantil) tomou corpo e passou a fazer parte das discussões populares.
Porém, o que seria a tão clamada reforma agrária? Partindo desse ponto, podemos destacar que a reforma agrária seria como uma sistematização em que ocorre a divisão de terras, onde tem por parâmetro as propriedades particulares.
Para tanto, deve ser configurado latifúndios improdutivos, que são compradas pelo governo, a fim de loteamento e serem distribuídos para famílias que não possuem terras para plantar. Assim, nessa sistemática, as famílias recebem as glebas, e ganham também condições para desenvolver o cultivo, quais sejam: sementes, implantação de irrigação e eletrificação, financiamentos, infra-estrutura, assistência social e consultoria. A realização da reforma agrária no Brasil é lenta e enfrenta várias barreiras, entre elas podemos destacar a resistência dos grandes proprietários rurais (latifundiários), dificuldades jurídicas, além do elevado custo de manutenção das famílias assentadas. Essas famílias, que recebem as glebas de terras da reforma agrária, necessitam de financiamentos, com juros baixos para a compra de adubos, sementes e máquinas, dentre outros aspectos.

1.1 – CENÁRIO ECONÔMICO ATUAL

A política de crédito rural subsidiado ilustra bem essa aliança entre indústria, bancos e latifundiários, no cenário atual do Brasil. Em regra, apenas os grandes proprietários têm acesso ao crédito, ou ao menos naqueles programas que são mais vantajosos. De um lado, porque o crédito é para comprar: tratores, colhedeiras, adubos, defensivos químicos, etc.
De outro lado, porque a burocracia bancária dá preferência ao grande latifundiário, já que o custo operacional de um financiamento, a

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