Reflexões sobre o desenvolvimento do pensamento

Reflexões sobre o Desenvolvimento do Pensamento

Segundo a visão de Morin, a inteligência, o pensamento e a consciência estabelecem uma interligação com as atividades cerebrais humanas, apresentando certa interdependência, uma vez que cada um considera e suporta o outro de modo funcional. Sobretudo, a inteligência está associada com a arte estratégica, o pensamento com a arte dialógica e concepção, e a consciência com a arte reflexiva. Com isso, verifica-se que para haver a aplicação de um elemento, deve ocorrer a aplicação dos outros.
Se considerarmos a inteligência como a capacidade de pensar e resolver problemas em circunstâncias complexas, pode-se defini-la como sendo a aptidão anterior e exterior ao pensamento do ser humano. Assim, os princípios da inteligência humana estão associados as mais variadas atividades pessoais, interpessoais e coletivas que constituem o círculo social, econômico e profissional do indivíduo.
Morin (1999, p. 167) afirma que a inteligência age sempre estrategicamente, ressaltando que mesmo nos seus “exercícios mais individualizados, mais complexos, mais inovadores, esta estratégia torna-se arte, como toda a estratégia que mobiliza o melhor das aptidões individuais perante as incertezas, dificuldades, variabilidades de uma missão a cumprir”.
A complexidade encontrada nas ações de inteligência se encontra acima de todo o temor que constituem os quocientes intelectuais, onde a inteligência não possui a finalidade apenas de medir o potencial inteligente do ser humano, mas também envolve os aspectos que não fazem parte deste processo. Não se deve definir a inteligência como um objeto reduzível, pois a mesma é muito complexa, exigindo métodos de avaliação capazes de transpor os extremos da subtileza, enfatizando que a arte da inteligência envolve principalmente o conhecimento em escolher inteligentemente os instrumentos corretos para lidar com cada situação específica.
Cada indivíduo possui em sua mente todas as aptidões