reflexão sobre o filme o bicho de sete cabeças

Reflexão sobre o filme : “ O Bicho de Sete Cabeças” Dirigido por Laís Bodanzky,

Baseado em fatos reais, o filme narra a história do personagem Neto, que no momento que vivencia umas das fases conhecida como uma das mais difíceis da vida: a adolescência. Esta que é uma fase de transição da infância à adultez, época que pode gerar muitos questionamentos, rebeldia, conflitos e incertezas na busca por autonomia. Somado a esta realidade está ausência de diálogo familiar, especialmente em relação a seu pai, que talvez por ignorância ou conservadorismo não acompanha ativamente o seu filho nesta fase tão significativa e ignora muitos fatos de sua vida. Tal situação o leva procurar preencher estas ausências em aventuras com seus amigos.
O clímax começa quando o Sr. Wilson encontra um cigarro de maconha no bolso de seu filho, supõe que este é usuário de drogas e sem nenhum questionamento ou diálogo, de maneira ardilosa o leva a ser internado em um manicômio.
O intuito do pai é a recuperação e acredita que está oferecendo ao filho o melhor tratamento na tentativa restabelecê-lo à sociedade, mas ignora o fato de que ele está sendo excluído do convívio familiar, dos amigos, da escola e que nesta instituição fechada, Neto é tratado de forma cruel e desumana. Sem nenhum diagnóstico ou exames o rapaz tem que assumir passivamente as rédeas do seu tratamento. Ainda que Neto deseje ser escutado, a instituição tem fronteiras bem estabelecidas e não há espaço para comunicação. Sem outra saída a não ser se submeter ao tratamento o jovem passa por diversas situações como: enfraquecimento físico e mental, pois o tratamento que tinha a finalidade de curá-lo estava tornando-o um ser sem estímulos, sem reação, por conta de medicamentos manipulados para mantê-lo pacífico, em realidade dopado. Os funcionários também eram violentos e sujeitos a mentalidade deste tipo de tratamento