REFLEXÃO SOBRE LIVRO RITUAIS DE SOFRIMENTO

Viver em sociedade esta cada vez mais difícil prova disso é as regras que ela mesma impõe para nós. Superar desafios, ser forte o tempo todo e mesmo assim nunca encontramos a satisfação. Basta olharmos o nosso cotidiano, no trabalho, nos estudos, enfim todas as relações sociais que ocorrem a nossa volta mostram o quão difícil esta conviver em sociedade. No livro “Rituais de Sofrimento” a autora compara os “Reality Shows” que hoje são programas de sucesso no mundo, assim como “Big Brother Brasil” , com essa forma de organização da indústria cultural que esta presente no nosso dia-a-dia. A autora relaciona os participantes do reality (os brothers) como trabalhadores informais do mercado de trabalho, a mesma relação que temos no cotidiano. Para se manter vivos e não ser eliminados (despedidos) fazemos de tudo no nossa ambiente de trabalho, batalhamos, lutamos uns contra os outros se preciso for para não sermos eliminados.
A mesma dinâmica acontece no BBB, os participantes tentam ser melhores em tudo, para não serem eliminados, o premio não é pra quem vence é pra quem sobrevive ate o final do reality sem ser eliminado.
A eliminação inicia quando de 2 a 4 participantes são votados pelos outros brothers para ir ao temido “Paredão”. O publico é quem determina quem serão os eliminados da vez. A participação do publico no reality mostra como a indústria cultural passa a agregar funções ao chamar o telespectador para participar do programa e escolher quem deve sair ou participar da decisão das provas e ate mesmo ser um participante no futuro. O sofrimento esta presente em todo jogo, desde a forma de ser julgado pelo publico que vota em quem deve sair ate as regras do jogo. Ser eliminado do programa corresponde à morte. Por isso segundo a autora o BBB é um jogo de quem perde e não de quem ganha. Apenas um sai vencedor os outros saem e não recebem nada. Os prêmios conquistados no jogo fazem parte das estratégias publicitárias os participantes são meros