Reflexão critica filme Zelig

O filme Zelig me fez lembrar de um questionamento que o autor Hermann Hesse fez em seu livro Demian, “Queria apenas tentar viver aquilo que brotava espontaneamente de mim. Por que isso me era tão difícil?” Diante dele comecei a pensar em várias questões, estaria Durkheim certo? O modo como o homem age está sempre condicionado pela sociedade? Nada brota do ser humano sem que haja influencia da sociedade? O filme me fez acreditar fortemente nessa ideia ao retratar no início dos anos 20 o crescimento de uma sociedade de massas, que segue celebridades e modismos, e ao colocar em meio a uma multidão de anônimos o personagem Zelig que carrega consigo a caricatura desta sociedade.
Zelig o “camaleão humano” assume várias formas para se encaixar às pessoas que estão ao seu redor, esse comportamento me pareceu com o que ocorre em grupos, onde as pessoas sentem a necessidade de demonstrar pertencimento à tal grupo, e fazem isso até inconscientemente agindo de uma maneira similar a que outras pessoas do grupo se comportam. Em estado de hipnose Zelig assume que utiliza do mimetismo para se sentir seguro, que ele tem medo de ser excluído, isso me fez pensar em quão grande é o medo do ser humano de sentir solidão, e como diante dela o ser humano busca algo para se agarrar, alguém para seguir, algum estilo de vida para praticar, e o filme me deu corda para esse pensamento mostrando como exemplo o nazismo, que teve seu fortalecimento graças ao sentimento de desolamento de varias pessoas, que buscavam algo para se prender.
Dentre as varias discussões que o filme levanta, uma bastante interessante, vem quando os médicos afim de diagnosticar Zelig, não chegam a um mesmo resultado, a maioria defende se tratar de uma questão fisiológica, defendendo um monismo em que mente e corpo são a mesma coisa, e em oposição a doutora Fletcher acha que mente é uma substancia distinta do corpo, que se aproxima dos pensamentos, dos conceitos do intelecto.
O filme me causou varias gargalhadas com