Redação

Em um mundo onde a modernidade se baseia na aparência, considera-se narcisista aquele que procura a inclusão nos padrões estilísticos atuais. Narciso, na visão mítica de Oscar Wilde na obra O retrato de Dorian Gray, é um herói por, de tanto se amar, morrer em busca de si ao tentar atingir a sua projeção na água.

O problema do Narciso Moderno é o desafio de gostar da própria imagem. Assim como o protagonista grego, o Homo Sapiens visa concretizar o seu reflexo, mas com o excesso de modelos estéticos que se modificam ao passar do tempo, faz com que ele viva em função da construção do chamado modelo ideal; não por amor, mas por ódio.

Devido à mobilização estética e ao desgaste corporal pelo envelhecimento, a busca do narcisista contraria-se na causa, ao consistir-se em motivos opostos – desprezo ao invés de paixão –, gerando a mesma consequência: a morte pelo eu. Isto resulta em uma mudança brusca de papéis: o herói autoidólatra torna-se vilão perseguidor do mesmo, quebrando assim a real essência do mito por completo.

Logo, a reflexão que se pode fazer sobre o jovem grego é o fracasso e em busca do inalcançável: sua imagem. O grande desafio do homo sapiens no mundo do espelho de Narciso é não se olhar em um refletor sem vontade de repudiar-se, ou querer corrigir tudo que vê. Ambos morrerão na viagem pelo inatingível, contudo um paladino de si e o outro vilão da própria sombra. em busca do inalcançável: sua imagem. O grande desafio do homo sapiens no mundo do espelho de Narciso é não se olhar em um refletor sem vontade de repudiar-se, ou querer corrigir tudo que vê. Ambos morrerão na viagem pelo inatingível, contudo um paladino de si e o outro vilão da própria sombra.

em busca do inalcançável: sua imagem. O grande desafio do homo sapiens no mundo do espelho de Narciso é não se olhar em um refletor sem vontade de repudiar-se, ou querer corrigir tudo que vê. Ambos morrerão na viagem pelo inatingível, contudo um paladino de si e o outro vilão da própria