Redação sobre pecado capital - avareza

Thomas Hobbes já disse: "o homem é o lobo do homem". E estava certo. A história mundial é ríspida, repleta de cicatrizes provenientes da exploração medieval e das grandes guerras. A sociedade, por sua vez, reflete toda essa brutalidade no próprio cotidiano, ainda mais quando converte o entretenimento futebolístico à cenas trágicas. O jornais ao redor do mundo transmitem casos sobre violência no futebol, a qual é resultado de uma sociedade obsoleta de bons valores e que preserva suas atitudes mais selvagens e sanguinolentas.

Na Roma Antiga, a política do pão-e-circo, oferecia à população, além do alimento, um entretenimento violento. Gladiadores lutavam até a morte, enquanto romanos eram os espectadores dos duelos dos condenados à arena. Como herança à este fato histórico, a selvageria dos estádios não demonstra maior civilização. Ao passo que os fanáticos torcedores contemplam os jogos com sangue nos olhos, a aspereza e ignorância populacional é a mesma.

Tal agressividade não é apenas oriunda da evolução social, mas também da realidade que os indivíduos, frequentadores dos estádios, enfrentam. No ano de 2012, mais de cinquenta mil pessoas foram assassinadas no Brasil. A violência decorrente ao futebol, portanto, se torna tão comum quanto o medo enfrentado pela população verde amarela de sofrer assaltos ou ser vítima de crimes ao sair de casa. Tudo é perigoso nos dias de hoje, incluindo o entretenimento e paixão futebolística.

Alguns estados brasileiros oferecem recompensa à aqueles que denunciarem suspeitos de violência nos estádios. Em contrapartida, esse ato não é tão eficaz. No Brasil a maioria dos casos não tem punição efetiva. Já na Europa, perante o caso de rascimo contra o jogador brasileiro Daniel Alves na Espanha, houvera severa repreensão ao torcedor impróprio e ao seu time. Enquanto isso, no Brasil, a campanha #somostodosmacacos - contra tal acontecimento - se tornaram uma brincadeira oportuna à venda de camisetas e à um falta comoção capitalista.