Redação argumentativa sobre o texto “reforma da polícia: missão impossível”

DÉBORA APARECIDA ATAÍDE AMPESSAN

REDAÇÃO ARGUMENTATIVA SOBRE O TEXTO
“REFORMA DA POLÍCIA: MISSÃO IMPOSSÍVEL”

Artigo apresentado como requisito parcial de avaliação das atividades da Disciplina Polícia, Sociedade e Direitos Humanos do Curso de Aperfeiçoamento Profissional para Promoção na Carreira Policial de 1ª Classe Para Classe Especial

Prof. Anderson Souza Daura

CURITIBA
2013
Redação argumentativa sobre o texto “Reforma da polícia: missão impossível”
A dignidade da pessoa humana tem sido o fio condutor na promoção e proteção dos direitos humanos. E é o Estado Moderno – Democrático e de Direito – o responsável por garantir que os direitos de cada membro da sociedade seja respeitado.
A ordem e o bem comum nas sociedades, bem como a garantia dos direitos humanos, depende de uma força pública estatal que se configurou na Polícia. Essa instituição é criticada por THOMPSON, para quem a teoria fica distante da prática na medida em que essa força pública acaba sendo empregada preponderantemente no estrato mais pobre da sociedade. E, em virtude disso, o autor demonstra que a Polícia “controla o input da máquina repressiva [do Estado]”, pois chegarão à Magistratura e ao Ministério Público apenas os fatos delituosos por ela identificados.
As causas e consequências apontadas pelo autor não são infundadas, pois refletem a realidade tal como se apresenta. Entretanto, é restrita a sua conclusão ao apontar a polícia como a primeira e principal responsável pelo filtro, pois não há como desconsiderar que a seletividade na punição se inicia com a criminalização primária: elaboração das leis penais que elegem bens jurídicos a serem protegidos, processo este subjetivo e dependente de valores e preconceitos sociais.
Evidente que a Polícia integra a criminalização secundária – ação punitiva concreta exercida sobre indivíduos e que seleciona quem vai ser concretamente submetido ao sistema de punição do Estado – e parte daquela base eleita na criminalização