Redaçao
Primeiro, vamos analisar a coletânea:
1) A realidade cruel das crianças que vivem nas ruas é retratada e ironizada na charge de Angeli quando a figura da mãe é comparada à de Papai Noel e à do Coelhinho da Páscoa, personagens associadas à alegria e à diversão na infância de qualquer criança. Toda criança necessita do amparo da mãe; no entanto, a que vive na rua desconhece essa felicidade. Sem pais, não há família e, para essas crianças, o lar é a rua com todos os males existentes nela.
2) Nesse meio, a criança de rua não está amparada pelo artigo 227 da Constituição, ou seja, nenhum desses direitos cabe a ela que vive na contramão de uma vida digna. Na rua, ela não está a salvo de nada.
3) Uma leitura atenta no depoimento de A.J. revela-nos que, em contrapartida, a rua é quem acolhe o menor para que ele possa trabalhar e sobreviver, "pois não há outro jeito". Nota-se, neste depoimento, que essa criança não tem querer, não tem sentimentos, ("não gosto de trabalhar aqui", "quero ser mecânico"), não tem direito a frequentar a escola com 13 anos. Há um ano vive na rua. Essa cena tornou-se tão comum que nem chama mais a atenção das pessoas.
4) Gilberto Dimenstein, por ser um jornalista preocupado com os problemas da infância e da juventude, aborda um problema bastante comum: a realidade de um menino de rua comparada à de um menino protegido em seu carro pelos vidros fechados. Essa situação gera um questionamento: o direito de ter direitos é uma conquista da humanidade.
5) O candidato deve perceber que a banca examinadora espera que ele argumente em seu texto relações em que a infância seja abordada como o mais perfeito indicador do desenvolvimento de uma nação. Nenhuma nação conseguiu progredir sem que houvesse investimento na educação, o que significa investir na infância.
6) Além disso, dados estatísticos associados à coletânea apresentada são fundamentais para contextualizar o problema abordado e para garantir uma