REDA AO

Na sociedade capitalista, dentre variadas formas de exclusão social, a que apresenta maior presença é a invisibilidade social de indivíduos. O conceito refere-se a seres que são invisíveis socialmente, que não representam papéis sociais de grande visibilidade ou que tem suas vidas atreladas a fatores determinantes de exclusão, tais como sociais, estéticos, históricos, culturais e etc.
A invisibilidade ocorre sempre em contextos onde há uma hierarquização das relações, em que os seres que se situam à margem da sociedade são exclusivamente os atingidos.

A existência de um processo incipiente de individualização da personalidade dos indivíduos, que se dá através de um sistema de formação que preza por características antagonistas e de valor competitivo, onde a hierarquização ocorre de modo substancial e define o sujeito que será bem-sucedido e o que viverá de forma descartável, tem contribuição notória na criação de seres altamente egoístas e narcísicos. O ser se relaciona com o meio através de uma busca imoderada de acumulação de riquezas e prestígio, isso influência grandemente na cegueira do indivíduo frente aos seres que não fazem parte das castas de maior prestígio no meio social.

Decorrente dos efeitos econômicos do capitalismo, existe a invisibilidade pública, fenômeno que se restringe a divisão do trabalho na sociedade. O processo de mecanização dos indivíduos é onde ocorre a destituição da essência do indivíduo, o ser é enxergado pelo seu mero papel na hierarquia de trabalho. Um exemplo é a identificação de um motorista de ônibus, onde o ser é visto somente pelo seu papel desempenhado, onde sua existência como ente humano é invisibilizada pelo seu papel na sociedade. Os indivíduos que desempenham papéis de grande prestígio econômico e representativo, tem sua identidade engrandecida e por vezes endeusada, enquanto os que exercem papéis de trabalho considerados inferiores e inadequados não são nem sequer notados.

As soluções buscadas para a problemática