Recursos itrograficos

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Nota prévia

1 A pesquisa realizou-se no âmbito de um Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais (2008), na Secção (...)

1O tema Água em Angola: a insustentável fraqueza do sistema institucional é subsidiário de uma pesquisa1 sobre a governação da água em Angola, tendo como pano de fundo a relação entre populações, territórios e recursos hídricos, enquanto recursos naturais renováveis. O trabalho desenvolvido enquadrou-se, ainda, no Plano de Investigação Programada (2005-2008), do Núcleo de Ecologia Social (NESO) do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

2A necessidade de aprofundamento das relações entre os países da lusofonia constitui um vector que pode assumir uma dimensão estratégica. Tenha-se em conta que os países que pertencem à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão envolvidos em processos de integração regional que, podendo constituir ameaças à sua componente lusófona, encerram também consideráveis oportunidades para a sua afirmação.

3Neste contexto a interrogação que se pode colocar é a de saber que atitude esta Comunidade deve assumir neste quadro geopolítico e muito particularmente as suas instituições com capacidade de influência técnico-científica, política e social. A criação e consolidação redes técnico-científicas poderia desempenhar um importante papel no apoio à governação dos países da CPLP, em particular os que enfrentam os desafios mais prementes de desenvolvimento.

1. Introdução

4O presente artigo discute o papel do sistema institucional face ao paradoxo corporizado na abundância de recursos hídricos e nas dificuldades de acesso a água potável, que a generalidade da população angolana tem experimentado.

5Procura-se demonstrar que os problemas de planeamento e de gestão, que o caso da água em Angola revela, são transversais aos problemas de governação em geral e resultam, em grande parte, de um habitus que atravessa diferentes domínios da vida cultural, económica-social e política do país.

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