recurso no sentido estrito

Segundo os dados estatísticos o Brasil e o terceiro pais que mais mata no trânsito. Estamos diante de um tema polemico no Direito Penal, e sem duvida um dos problemas mais tortuosos para a ciência Penal.
A delimitação entre dolo eventual para culpa consciente e muito tênue e muito sutil, então temos que analisar caso a caso o detalhamento do fato para que chegamos a conclusão se houve dolo ou culpa nas condições fáticas apresentadas.
A primeira turma do STF foi contra a aplicação do Dolo eventual alegando que para que haja dolo eventual o motorista deve embriagar-se antes de assumir o volante para ganhar coragem de produzir o resultado. Sendo esse entendimento do Ministro Luiz Fux condutor da decisão final ,decisão essa que não foi plenária e sim isolada . Sonegando do tribunal do júri a apreciação de um crime doloso contra a vida. Já a segunda turma do STF entende diametricamente o oposto dessa decisão assim como o STJ que diverge da decisão sobre o tema decidido pela primeira turma.
O motorista que bebe ,não se sente em condições de dirigir o veiculo automotor ,mas mesmo assim pega a direção sabendo que há probabilidade de matar uma pessoa que surgir a sua frente pelo comprometimento de seus reflexos, ele esta sim assumindo o risco e ele deve responder por homicídio doloso contra a vida no tribunal do júri . Conforme o entendimento dos membro da segunda turma do STF existe uma distinção clara ente o dolo eventual e a culpa consciente conforme será apresentado a seguir .
Na culpa consciente o autor do fato delituoso ele prevê um resultado possível que pode acontecer, mas confia em sua habilidade de evita-lo ,ou seja ele tem um resultado que pode acontecer ou não e ele confia em sua habilidade de evita-lo.
Ex: um motorista conduzindo o seu veiculo automotor em uma velocidade de 80 KM numa via pública cuja a velocidade permitida e de 60 KM atropela e mata uma pessoa. Esse resultado e possível ,pode acontecer ou não numa velocidade de 80 KM.