Reconceituação

O Movimento de Reconceituação no Brasil

INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende apresentar um panorama geral do Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil. Para tanto, abordaremos tres temas principais:
O Movimento de Reconceituação – o que foi, quando foi e como foi;
A Perspectiva de Intenção de Ruptura;
O Método BH.
Nossa intenção é mostrar, mesmo que de forma resumida, quão grande foi a importância deste movimento para o amadurecimento, fortalecimento e estabelecimento do Serviço Social como profissão no Brasil. Há tempos que o Serviço Social no Brasil via-se por força da autocracia burguesa (movimento da alta burguesia nacional visando direcionar seus interesses através da máquina estatal ) forçado a práticas profissionais “tradicionais” , empiristas, reiterativas, paliativas e burocratizadas sustentadas por uma visão funcionalista da questão social.
O clima próprio da ditadura, constituía-se um entrave para o processo de ruptura com este tradicionalismo, uma vez que os assistentes sociais trabalhavam sob o controle do governo e para atender os interesses dele. Mas, foi exatamente em meio a este período turbulento e opressor, que o Serviço Social foi inserido no circuito acadêmico, e isso contribuiu significativamente para que esta ruptura tão sonhada tornar-se uma realidade. Isso, aconteceu porque uma vez inseridos na universidade, os profissionais se aproximaram das outras ciências, passando assim, a enxergar a sociedade com outros olhos, com uma visão mais crítica da realidade. Assim, as bases sócio-políticas da perspectiva da intenção de ruptura, começam a nascer em plena ditadura através de movimentos estudantis que assumem uma posição contra a captura da liberdade imposta pela ditadura que pretendia efetuar um rearranjo, porém as custas da liberdade da população.
Mais tarde, depois do AI-5, começa-se a falar de marxismo dentro das universidades, o que fortalece ainda mais essa intenção de ruptura.
A perspectiva de