Recenção Crítica - morte e vida das grandes cidades - Jane Jacobs

Recensão crítica de

MORTE E VIDA DAS GRANDES CIDADES AMERICANAS
(Jane Jacobs, 1961)

Trabalho realizado por Adriana Delgado Nº62630
Dezembro 2010

MORTE E VIDA DAS GRANDES CIDADES AMERICANAS, de Jane Jacobs
Quando em 1961 foi publicado pela primeira vez o livro Morte e Vida das Grandes cidades Americanas, o panorama urbano NorteAmericano pautava-se pela profusão de áreas urbanas desvitalizadas, fossem bairros-de-lata, fossem áreas urbanas planeadas já segundo o modelo moderno cujo abandono por parte da população de classe média votara a uma decadência inevitável (geralmente áreas engolidas pela cidade em constante crescimento). A regeneração destas áreas e a fixação da classe média itinerante (e do seu capital)
Figura 1 - Jane Jacobs eram as prioridades do planeamento urbano da época, no qual o modelo de renovação urbana (urban renewal) defendendo a destruição de bairros da lata e bairros desvitalizados para dar lugar a projectos seguindo os preceitos da doutrina modernista ortodoxa, figurava como método dominante. Jane Jacobs, autora do livro, teve a oportunidade de seguir de perto a sucessão de projectos de renovação urbana que decorreram por essa altura em Nova Iorque, a cargo de Robert Moses, enquanto editora da revista
Architectural Review, e o que observou levou-a a uma reflexão sobre as condições que ditam o fracasso ou o sucesso de um bairro e, através dos bairros, das cidades.
O livro nasce pois dessas reflexões e constitui uma crítica demolidora aos princípios e objectivos do planeamento urbano moderno, marcando o início de um percurso activista em defesa dos bairros, da vida urbana e da comunidade, através tanto da escrita como de acções concretas, opondo-se à construção de vias rápidas e apoiando bairros, como quando, um ano após a publicação do livro, liderou um movimento cívico que pôs fim à construção de uma via rápida na Baixa de Manhattan.
Apesar do seu interesse pelas questões do planeamento, economia e administração