Recensão Crítica - Deutsche Werkbund

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
3º ano – 2º semestre
História da Arquitectura e das Artes III
Diogo Alexandre Santos Jurze – 21405741
Ano Lectivo 2014/2015

Recensão Crítica
Frampton, K. (2003). O Deutsche Werkbund, 1898-1927. In K. Frampton,
História Crítica da Arquitectura Moderna (3ª tir., 1ª ed., pp. 129-137).
São Paulo: Martins Fontes.

Com a recensão aqui apresentada, referente ao Deutsche Werkbund, presente no capítulo 12 do livro História Crítica da Arquitetura Moderna, de
Kenneth Frampton, tenho como objectivo compreender o que aconteceu e de que forma o Deutsche Werkbund influenciou a história do design e arquitectura na Alemanha. Neste capítulo o autor aborda a origem da Deutsche Werkbund, começando por transcrever um pequeno texto de C. M. Chipkin, em que este refere que o principal impulsionador da industrialização no século XX não foi a
Grã-Bretanha, mas sim a Alemanha, que ao contrário da primeira, reinventou e criou novos modelos da máquina do século XX, após realizar estudos sobre os produtos dos seus concorrentes. (Chipkin, 1969).
Gottfried Semper teve um dos papéis cruciais para a fundação da
Deutsche Werkbund, após ter escrito um ensaio onde investigava o impacto da industrialização e do consumo de massa no campo das artes aplicadas e da arquitectura (Frampton, 2003), chamado Wissenschaft, Industrie und Kunst, durante a “Grande Exposição dos Trabalhos de Industria de Todas as Nações” em Londres, em 1851. Nessa obra, Semper refere que “temos artistas, mas não uma arte verdadeira” (Semper, 1852), criticando a civilização industrial. O mesmo indica que agora são a necessidade e o consumo os meios de comercialização de invenções, e não as próprias invenções, invertendo assim a ordem das coisas.
Entretanto, Gottfried Semper investigava sobre a importância de novas metodologias e materiais no design, referindo que existe uma falta de capacidade de dominar os meios, em vez do que se pensava ser uma abundância dos mesmos (Semper,