recalques de apoio
Milagres, em Pisa, na
Itália.
A torre começou a ser construída em 1174 e foi projetada para abrigar o sino da catedral da cidade.
A obra foi finalizada em
1350, com 58,5 m de altura. Sua estrutura começou a apresentar inclinação durante a execução da terceira laje e inicialmente, os engenheiros tentaram corrigir sua inclinação, construindo andares um pouco maiores do lado mais baixo.
Até 1990, houveram várias tentativas sem sucesso para solucionar o problema.
Porém, em 1990, a torre com 58,5m de altura já possuía um desaprumo de 4,5m e sua inclinação aumentava a uma taxa de 1,2 mm por ano.
Foi então constituída mais uma comissão de especialistas para salvá-la. A solução proposta por esta comissão e executada a partir de 1997 foi a de retirar solo de sustentação dos blocos que haviam recalcado menos (utilizando sondas especiais), fazendo com que apenas esta região viesse a afundar e assim a inclinação da torre viesse a diminuir. Este procedimento foi coroado de êxito, e, em junho de 2001, o desaprumo do topo da torre já havia diminuído em 40 cm. Em dezembro de 2001, a
Torre de Pisa, que, por razões de segurança havia sido fechada à visitação pública em 1990, pôde ser reaberta para visitas.
No Brasil há também um grande exemplo do problema de recalques de apoio: os prédios da orla santista. Quem já foi para Santos ou viu alguma foto dos edifícios inclinados tem uma boa ideia de como o deslocamento dos apoios pode afetar uma estrutura.
Nas décadas de 1950 e 1960 foram construídos, na orla santista, inúmeros edifícios com mais de dez andares. Recentemente descobriu-se que a origem do problema está na composição do subsolo de
Santos, que é formado por uma camada superficial de areia que, por sua vez, recobre uma extensa camada de solo argiloso, muito compressível e tal formação do solo não