Reagregando o Social

Em sua obra `Reagregando o social`, Bruno Latour nos trás os métodos negativos, ou seja, aqueles que devem ser abandonados em campo. Em resalvas o pesquisador frizza a importância de uma reformulação do conceito `social` , abandonado o viés estático desse significado a instituir a noção de uma `nova ciência do social`. Considerando a agencia não somente das pessoas que compõe a sociedade, mas entendendo esse espaço social, o campo perceptivo da ciência sem deixar de lado as ações em rede partindo de um coletivo contextualizado – de pessoas, objetos articulado em sistemas. Desta maneira, teremos a teoria do Ator-rede como produto dessa articulação, onde há o deslocamento da origem da ação, assumindo seu caráter múltiplo como resultado da agencia de um conjunto mais complexo de articulações que se configuram em conexões – da qual, Latour vai chamar de rede.
De certo, o imaginário sobre o social, todavia, na ciência e uma enunciação que dimensiona humanos em uma escala alienada dos circuitos em que as pessoas estão inseridas, uma vez que o conceito sociedade esta – para a ciência moderna – de costas para a natureza, da qual, constitui seu meio. A questão e que ignorar as agencias inseridas nesse meio, resulta na impossibilidade de tecer a rastrear suas conexões dessas redes. E importante destacar que, o deslocamento ai e também um deslocamento de uma visão antropocêntrica, a experiência motriz da ação não se resume a vontade e revelia de humanos , e passa a ser visto mais do que um dado, mais uma construção que envolve humanos e não-humanos, humanos e coisas, coisas e redes, seguindo assim uma combinação mais abrangente que a materialidade concreta e unidimensional partilhada pelo conceito `social`.
Sua contribuição vem da analise sobre uma antropologia das ciências, onde este autor nos mostra como fatos dados como científicos foram feitos. De modo que, nem mesmo nas ciências exatas eles estão livres de ser resultado da criação e fetiche dos próprios cientistas –