Reagindo a ameaça terrorista: entendendo o processo de securitização do terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Departamento de Relações Internacionais
Trabalho de Conclusão de Curso

REAGINDO A AMEAÇA TERRORISTA: entendendo o processo de securitização do terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001

Karolina Lopes Borges

Belo Horizonte
2009

Karolina Lopes Borges

REAGINDO A AMEAÇA TERRORISTA: entendendo o processo de securitização do terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001

Monografia desenvolvida para a Conclusão do Curso de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Orientador: Paulo Esteves

Belo Horizonte
2009

RESUMO

Esta pesquisa estudou a reação do governo dos EUA, após os atentados de 11 de setembro de 2001, através da ótica da securitização de Buzan e Weaver (BUZAN; WEAVER, 1998). Seu objetivo foi compreender, na prática, como funcionou o processo de securitização, realizado pelos EUA. Partindo do pressuposto que o processo de securitização de um assunto consiste na sua elevação a um patamar acima da política, ou seja, ao denominar um assunto como sendo de segurança, as regras normais não se aplicam mais a ele. Sendo assim, percebemos que governo Bush conseguiu securitizar o terrorismo transformando-o em uma ameaça global que justificou a adoção de medidas emergenciais e a libertação da ação deste governo a regras institucionalizadas. A pesquisa estuda o processo de securitização do terrorismo e como os discursos são utilizados para convencer as audiências, interna e externa, de que a democracia, a liberdade e a civilização estavam existencialmente ameaçadas e que era dever de todos os Estados protegê-las. Contudo cabia aos EUA, como principal representante da democracia e alvo de atos tão cruéis, o direito e o dever de interferir em qualquer lugar do planeta que der proteção e/ou patrocine o terrorismo, além de fazer as alterações necessárias na legislação do país para ignorar alguns direitos civis (Ato Patriótico, 2001).