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1806 palavras 8 páginas
medicina

Cérebro sob

PRESSÃO
A massa cinzenta é banhada por um líquido capaz de protegê-la em casos de pancada e infecção.
É o líquor, uma solução aquosa indispensável, mas que, em níveis elevados, pode comprometer funções como memória e locomoção por DIOGO SPONCHIATO design PILKER e EDER REDDER ilustrações MAURO NAKATA

| SAÚDE! é vital | XXXXXXXXXXXX 2006

S

e lhe perguntassem quem é o guarda-costas do comandante do corpo, é bem provável que diria: ora, é o crânio, aquele capacete duro que resguarda o cérebro. A resposta não está equivocada, mas deixa de levar em conta um elemento que confere uma defesa sutil, porém extremamente importante, a esse órgão. Estamos falando do líquor, ou, se preferir, líquido cefalorraquidiano, o protagonista de um sistema conhecido como hidrodinâmica cerebral. Quando em ordem, seu fluxo contínuo permite, entre outras coisas, que a pressão intracraniana permaneça na medida (veja o quadro abaixo).
“O líquor protege o cérebro de três formas”, aponta o neurocirurgião Fernando Campos Gomes Pinto, coordenador da Liga de Neurocirurgia do
Hospital das Clínicas de São Paulo.
“Ele ajuda a amortecer o impacto de um trauma, a prover células de defesa diante de uma infecção cerebral e, como é trocado a cada oito horas, a eliminar toxinas que se acumulariam ali”, elenca o especialista.
Diferentemente do sangue, que circula pelo cérebro em maior quantidade, esse líquido composto basicamente de água

não leva nutrientes para a cachola. Mas faz a diferença em um acidente de trânsito, por exemplo, uma vez que abranda o choque da massa cerebral com o crânio, evitando danos mais sérios.
“Nos traumatismos costuma haver um aumento da pressão intracraniana, o que comprime áreas do cérebro”, diz a neurologista Gisele Sampaio Silva, do Hospital
Israelita Albert Einstein, na capital paulista. Nessas horas o líquor se mobiliza pela causa. “Alguns mililitros do líquido descem para a espinha a

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