RAÍZES AMAZÔNICAS, UNIVERSIDADE E DESENVOLVIMENTO REGIONAL
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Fábio Carlos da Silva1
Introdução
G randes mudanças têm marcado a história mundial nos
últimos anos. A
transição do século XX para o século XXI caracteriza-se por uma série de transformações na economia, na sociedade e na natureza dos países do planeta, gerando o aparecimento e o agravamento de sérios problemas que têm levado a humanidade a enfrentar níveis crescentes de perda de qualidade de vida em todo o mundo.
O avanço da ciência e da tecnologia, fomentado pela necessidade constante de se aumentar a produção e o consumo de mercadorias na Idade Moderna, tem se revelado impotente para minimizar a pobreza, o desemprego e as desigualdades sociais na maioria dos países africanos, asiáticos e latinoamericanos, concentrando o progresso material nos países desenvolvidos. Mesmo assim, esse progresso não tem trazido uma vida mais feliz para a maioria dos habitantes dos Estados Unidos, Europa e Japão, onde, ao contrário, tem crescido a violência, o suicídio, o isolamento e a infelicidade da maioria das pessoas.2
Essa modernização da vida, iniciada em meados do século XIX na
Inglaterra, com a aplicação de princípios científicos desenvolvidos nas universidades britânicas, principalmente nos campos da física e da química, tornou possível o surgimento da máquina a vapor, do tear mecânico, das ferrovias e das cidades, como símbolos do início da era moderna e do mundo civilizado.
As mudanças posteriores, decorrentes das necessidades impostas pelas grandes corporações capitalistas multinacionais, são marcadas por inovações tecnológicas que simbolizam a vida moderna contemporânea: o automóvel, a televisão e, mais recentemente, o microcomputador. Todas essas transformações se dão em um cenário de crescentes migrações do campo para as cidades. As metrópoles e megalópoles, tanto no mundo ocidental quanto no oriental, passam a ser o local de moradia e trabalho da maioria da população.
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