raissa

Trabalho de sociologia

Materialismo histórico dialético

A tradição filosófica (o pensamento dos filósofos, cientistas, intelectuais e literatos) dominante na Europa nos séculos XVII e XVIII, acreditava que além do mundo material sensível e histórico, ou seja, além do mundo concreto que podemos “pegar” e sentir, existia outra dimensão (“outro mundo”) ideal que era considerado como real e perfeito e que as coisas concretas (materiais) que nos cercam seriam apenas “cópias” imperfeitas desse mundo ideal (também conhecido como “mundo espiritual” ou “essência das coisas”). Essa tradição filosófica hoje é conhecida como tradição idealista, por que acreditava numa primazia do ideal sobre o real (primazia = primeiro vem o ideal e depois o real; o real é determinado pelo ideal) e, para estes pensadores, só era possível explicar o mundo real por meio do mundo ideal. Até por que acreditavam que o real era uma cópia do mundo ideal ou mundo espiritual.
Um dos principais representantes desse pensamento foi o filósofo Georg Wilheim Friedrich Hegel (1770-1831), para este pensador alemão: “tudo o que é real é racional, e tudo o que é racional é real” (é possível verificar nesta frase a primazia do ideal sobre o real). Para ele a realidade histórica (concreta, material) desenvolve-se enquanto manifestação da razão (mundo das idéias/espiritual) que tem o conflito e a contradição como característica inerente (inerente = ligado de modo íntimo e necessário; inseparável; essencial; intrínseco). E que esta contradição e conflito no mundo das idéias produzem um processo incessante de auto-superação: “o movimento dialético, esse caminho que produz a si mesmo”. A noção de dialética é originária do pensamento clássico grego e é retomada e formulada por Hegel, que diz que o finito deve ser compreendido pelo seu oposto o infinito, ou seja, que aquilo que é particular deve ser compreendido pelo seu oposto, o universal. É o que Hegel vai denominar de unidade dialética: “O