Radio Enlace de Links
Flávio Aurélio Braggion Archangelo
Universidade Metodista de São Paulo
Resumo: Este artigo baseia-se na tese “Rádio, Tecnologia e Sociedade. O Desenvolvimento da Radiodifusão Digital no Brasil” defendida em outubro de 2008. Trata da tecnologia de radiodifusão em processo de digitalização. Considera que elementos históricos contribuíram para a consolidação de uma indústria da comunicação, cujas características foram demonstradas nos debates e argumentações em torno da digitalização do setor. Considera que os potenciais tecnológicos são também formatados socialmente nos atos pela padronização técnica, expondo a tendência por adaptação e o teor conservador que uma nova tecnologia pode representar.
Palavras-chave: radiodifusão, digitalização, rádio, telecomunicação.
Abordagem histórica
O rádio é o mais antigo meio de comunicação eletrônica de massa. Sua concepção deriva dos precursores conceitos e antigos experimentos no campo do eletromagnetismo. Seus fundamentos científicos são as bases dos atuais sistemas de telecomunicações, porém o rádio é uma invenção coletiva cujos contornos continuam a ser redefinidos. Quando Guglielmo Marconi ou Pde. Landell de Moura empreenderam suas primeiras experiências, poucos naquele momento poderiam vislumbrar os desdobramentos sociais, culturais, econômicos, políticos e tecnológicos daquelas ondas.
Esse ponto primeiro originário é geralmente ignorado diante da ampla especialização, funcionalidade e emergência de diferentes equipamentos e formas de comunicação digitais, que se substituem ou se adaptam mutuamente em ciclos de vida tecnológicos cada vez mais limitados. Assim a história no senso comum aparece como algo dissociado do presente devido as rápidas transformações que a mídia sofre materialmente, a afastando tanto das práticas, usos e acessos anteriores à digitalização.
No entanto justamente pela história das tecnologias, neste caso específico do rádio, que é