Radiações nos hospitais
Seundo Gabriela Wolf, professora de física da PUC-RS, cabe ressaltar que a radiação é uma propagação de energia, e não um fenômeno químico. Assim, não se pode falar em contaminação por radiação, e sim devido a emanação de energia, que causa a ionização e alteração de moléculas e átomos. Muitas dúvidas insustentáveis podem criar crenças e basear procedimentos de um modo incorreto. O Raio-X foi inventado em 1895, e permitiu um salto qualitativo na medicina, que até então necessitava de procedimentos cirúrgicos para avaliar o corpo humano internamente. Na antiguidade, havia uso indiscriminado da radiação, tanto em pesquisa como em terapia.
Os efeitos biológicos da radiação ionizante começaram a ser estudados de modo estruturado a partir de 1913, por um grupo de médicos e físicos europeus. A Portaria 453/1998 do Ministério da Saúde,a NR-32 e a CNEM são os marcos regulatórios no Brasil.
Portanto, Dra. Gabriela Wolf, fez a distinção entre fonte de radiação e fonte radiativa. Segundo a especialista, a fonte de radiação ocorre na interação de elétrons que são jogados contra um alvo, e não tem material radioativo. Já a fonte radioativa é um material biocompatível e não tóxico, que é utilizado na medicina nuclear, e ligam-se as estruturas do corpo com fins terapêuticos.
Para a professora de física, as chances de ocorrência de um acidente no ambiente hospitalar com material radioativo são mínimas. Os procedimentos de Raio-X, por exemplo, não possuem material radioativo, e o uso de equipamentos de proteção são suficientes para garantir a segurança. E mais, a pesquisadora apresentou dados sobre um estudo feito em Porto Alegre sobre os níveis de radiação em hospitais, e os resultados indicaram para uma segurança em proporção superior ao exigido legalmente.
Porém, o uso dessa tecnologia nos hospitais vai além do equipamento de raio-X tradicional, conforme expuseram os pesquisadores. Em processos diagnósticos, genéticos, de