racismo

2. Capitulo 2

O racismo surgiu na antiguidade, em meados do século XV e XVI, como consequência da exploração da mão de obra escrava pelos europeus que procuravam expandir-se economicamente.

O tráfico mercantil teve como consequência a alteração nas sociedades africanas, desorganizando-as do ponto de vista político, econômico, demográfico e sociocultural. Para transportar os escravos da África para o Brasil, tinham-se os navios negreiros, nesses navios os negros eram aglomerados em um depósito.

É muito importante avaliar bem a situação do negro antes de acusá-lo de ser submisso. O negro foi retirado de seu hábitat, de sua organização social, do seu mundo, é natural que estivesse atemorizado diante de uma nova condição de vida que no inicio nem se compreendia. Sem conseguir definir seu espaço social, sentiam-se nivelado por seus captores e os demais cativos, fazendo parte de outras tribos, praticando outras religiões, conhecedores de outras línguas, vindos de outra realidade. Mas nem por isso ele se identificava com os cativos: sentia-se solto, perdido, sem raízes. Não entendia bem sua situação, reagindo com estupor e inércia às ordens. ( PINSKY, 2000 )

Era difícil que houvesse organizações de rebeliões, pois não conseguiam interagir com seus companheiros de cativeiro e quando se fazia eram reprimidos pelos europeus. A única alternativa a submissão era o suicídio.

Para cumprir a solicitação da igreja e por meio da humilhação de sua nova condição de escravo, o negro era marcado a ferro no ombro, na coxa ou no peito. Na travessia predominava a fome, a sujeira, o desconforto e a morte nos navios negreiros.

O numero de negros nos navios, eram o máximo possível, passavam dias viajando ou até meses, tornando mais dantescas as cenas de homens, mulheres e crianças espremidos uns contra os outros, vomitando e defecando frequentemente em seus lugares, numa atmosfera de horror que o calor e o mau cheiro se encarregavam de extremar ( PINSKY, 2000 ). Em um