química

9978 palavras 40 páginas
CAPÍTULO 12: DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE

Roberto Zatz e Gerhard Malnic

A) ÁCIDOS FIXOS E ÁCIDOS VOLÁTEIS

Antes de abordar diretamente a fisiopatologia do equilíbrio ácido-base, é útil recordar os conceitos de ácido e base, de acordo com a definição de Brönstein-Lowry. Denomina-se ácido todo composto capaz de doar prótons quando em solução, enquanto as bases são definidas como compostos capazes de aceitar prótons. Os organismos superiores podem gerar dois tipos principais de ácidos: os ácidos fixos, representados por compostos que, como o nome indica, permanecem indefinidamente em solução. São integrantes desse grupo o ácido sulfúrico, o ácido fosfórico, o ácido láctico e outros. Já os ácidos voláteis são representados pelo dióxido de carbono (CO2), composto que, apesar de produzido continuamente pelo metabolismo oxidativo, abandona rapidamente o organismo através dos alvéolos pulmonares. A concentração hidrogeniônica do meio interno é extremamente baixa comparada à de outros eletrólitos. Enquanto as concentrações de sódio, potássio e cálcio variam de 5 a 150 milimoles (10-3) por litro (mmol/L), a de hidrogênio situa-se ao redor de 40 nanomoles (10-9) por litro (nmol/L). A manutenção do pH do meio interno em uma faixa estreita é de enorme importância para o funcionamento dos organismos avançados. Devido à relação logarítmica entre pH e concentração, pequenas variações no pH correspondem a variações importantes na concentração hidrogeniônica (Fig. 12-1). Por exemplo, uma queda de apenas 0,2 unidades de pH de 7,4 para 7,2 corresponde a um aumento superior a 50% na concentração hidrogeniônica (de 40 nmol/L para 63 nmol/L).

Alterações do pH da ordem de poucos décimos de unidade podem alterar profundamente as propriedades físico-químicas de soluções complexas como o plasma ou o citosol, ricas em proteínas cuja conformação costuma ser extremamente sensível à variação de cargas eletrostáticas. Há portanto necessidade de se controlar o pH dentro de

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