Quinhestimo

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MOMENTO HISTÓRICO DO QUINHENTISMO BRASILEIRO A Europa no século XVI vivia uma nova realidade econômica e social com o auge do Renascimento, o capitalismo mercantil toma o lugar dos feudos, do comércio internacional e a ruptura da Igreja. Neste período a crise da Igreja possuía dois lados, de um lado, as novas forças burguesas rompendo com o medievalismo católico no movimento da Reforma Protestante; de outro, as forças tradicionais ligadas à cultura medieval dos dogmas católicos reafirmados no Concílio de Trento (1545), nos tribunais e no índex (relação de livros proibidos) da Inquisição no movimento conhecido como Contra-Reforma. E a figura do homem europeu era marcada por duas preocupações distintas: a conquista material, resultante da política das Grandes Navegações, e a conquista espiritual, resultante, no caso português, do movimento de Contra-Reforma. Enquanto isso no Brasil, ele acabará de ser descoberto, havia um vasto território ainda virgem, mal arranhado pelas pequenas povoações que, aos poucos, se iam criando ao longo da costa. Depois da descoberta, só muito lentamente Portugal veio a se interessar pelo novo território de seu vasto império. O Brasil não apresentava as mesmas vantagens comerciais das Índias, para onde se voltavam as atenções da Metrópole. A colonização só começa depois da expedição de Martim Afonso de Sousa (1530) e da criação das capitanias hereditárias (1532). Considera-se fundamental para a aceleração do processo colonizador a vinda dos jesuítas em 1549, mesmo ano da instalação do primeiro governo Geral. Evidentemente não podemos falar de uma cultura e, muito menos de uma literatura brasileira no século XVI, o que implicaria a existência de um complexo e diferenciado sistema de produção, divulgação e leitura de obras. O que se tinha, até então, eram manifestações, mais ou menos literárias, documentando a chegada do europeu ao novo mundo.

QUINHENTISMO: MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS O Quinhentismo (1500 -1601)

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