Quimica

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Armas Químicas
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) marcou a entrada da química nos campos de batalha. Em 1915, o cientista alemão Fritz Haber teve uma idéia para obrigar as tropas inimigas a sair da proteção das trincheiras e aceitar o combate a céu aberto: espalhou gás cloro num front perto da cidade belga de Ypres. O cloro pertence ao grupo dos gases sufocantes, que irritam e ressecam as vias respiratórias. Para aliviar a irritação, o organismo segrega líquido nos pulmões, provocando um edema. A vítima morre literalmente afogada.
Os gases dos nervos matam em minutos. Atuam inibindo uma enzima chamada acetilcolinesterase, necessária ao controle dos movimentos musculares. Essa enzima bloqueia os impulsos nervosos que ativam os músculos. Quando o gás neurotóxico é absorvido, por inalação e contato com a pele, a produção da enzima cessa imediatamente. Todos os músculos então se contraem sem parar e acabam estrangulando os pulmões e o coração. É mais ou menos assim, por asfixia, que morrem os insetos atacados com inseticidas.
As armas químicas mais agressivas e mais modernas são as que atuam sobre o sistema nervoso da vitima. Fisiologicamente, os efeitos tóxicos dos chamados "agentes dos nervos" ocorrem pela desativação da enzima colinesterase, que controla a transmissão dos impulsos nervosos. Sem esse controle as funções biológicas, como a respiração, param. Os agentes dos nervos pertencem ao grupo de compostos organo-fosforados, que são estáveis e de fácil dispersão, como o Tabun, Soman, Sarin e VX. Sarin, o mais tristemente famoso, foi utilizado por Aum Shinri Kyo, uma seita japonesa, no ataque terrorista no metrô de Tóquio em 1995, envenenando milhares de pessoas.
O uso de gás venenoso na Primeira Guerra Mundial foi uma grande inovação militar. Os gases variavam de agentes de inabilitação, como o gás lacrimogênio e o poderoso gás mostarda, a agentes químicos letais como o fosgênio e o cloro. Essa guerra química foi um importante componente da Primeira

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