Quimica orgânica e suas aplicações
Mas foi em 1808, com Jöns Jacob Berzelius, que a denominação “Química Orgânica” foi empregada pela primeira vez. O pesquisador publicou, em 1827, um tratado só sobre essa parte da química.
Nessa época, acreditava-se que somente os seres vivos eram capazes de sintetizar compostos orgânicos. Essa teoria, formulada por Berzelius, recebeu o nome de “Teoria da Força Vital”. Segundo ela, os seres vivos, e somente eles, dispunham de uma força interna própria, por meio da qual seriam produzidos os compostos orgânicos. A tal “força vital” seria, portanto, inerente aos seres vivos e não poderia, por esse motivo, ser sintetizada em laboratório.
Mas, em 1828, Friedrich Wöhler (discípulo de Berzelius) conseguiu, por acaso, obter, em laboratório, a ureia, substância orgânica encontrada na urina e no sangue. Ao aquecer um composto mineral chamado cianato de amônio (inorgânico), Wöhler produziu a ureia, abalando profundamente a teoria da “força vital”, formulada por seu mestre. Abaixo, a reação química da experiência realizada por Wöhler:
Ainda assim, a comunidade científica da época apresentou resistência à nova descoberta, demorando algum tempo para que a teoria de Berzelius caísse de vez, o que só veio a acontecer depois que outros compostos orgânicos foram obtidos em laboratório.
Em 1848, Leopold observou que todos os compostos orgânicos continham o elemento carbono. Dez anos depois, Friedrich August Von Kekulé definiu a Química Orgânica como sendo a química dos compostos de carbono.
Química orgânica é, portanto, a parte da química que estuda os compostos do elemento carbono, sendo, a química inorgânica, a que estuda os demais