Questão social e serviço social
O assistente social trabalha com a questão social nas mais diversas áreas da vida cotidiana, onde é encontrada a desigualdade e consequentemente desenvolvida a rebeldia, é nesse cenário de resistência e oposição vivenciadas pelos sujeitos, que os assistentes sociais trabalham, a fim de compreender as diversas expressões das diferenças sociais, projetando e produzindo formas de resistência e de defesa da vida. Esse cenário de atuação do Serviço Social está ligado às múltiplas expressões do objeto de trabalho, que é a questão social em suas novas bases de produção, onde sofre transformações de acordo com as novas formas de acumulação do capital.
O desenvolvimento e a profissionalização do Serviço Social são frutos do padrão de desenvolvimento do pós- guerra, onde as estratégias tayloristas e fordistas de produção e consumo em massa, exigiam uma divisão rígida de tarefas entre executores e planejadores. O Estado buscava canalizar o fundo público e assim financiar o capital e a reprodução das forças de trabalho com o objetivo de preservar certo poder aquisitivo da população, possibilitando o desenvolvimento e empreendedorismo da economia, liberando rendas para o consumo. Mas, para isso acontecer era necessário a expansão do emprego (meta keynesiana) com um certo padrão salarial, então, o Estado faz um acordo com o empresariado e com os sindicatos ampliando as funções do Estado nas políticas públicas. A implantação de serviços sociais para a reversão das crises cíclicas do capitalismo no pós-guerra torna-se uma das estratégias.
Nessas relações tayloristas, fordistas e da regulação keynesiana da economia, o Serviço Social encontra a expansão do seu mercado de trabalho. No entanto, esse modelo entra em crise em meados de 1970 e ergue-se no mundo uma competitividade