Questão Agraria Movimentos sociais e Serviço social; Velhos problemas, novos desafios.

INTRODUÇÃO

O interesse por esse tema surgiu á partir de minha inserção no projeto Serviço Social crítico e MST no 1º semestre de 2005 e o curso de extensão: formação de monitores para o projeto : construindo um caminho, Serviço Social crítico e MST, no 1º semestre de 2006 sob a coordenação do professor sociólogo Haroldo Abreu , na Universidade Federal Fluminense, com visitação ao acampamento Vida Nova em Piraí.
Este trabalho apresenta um breve resgate histórico sobre a questão agrária no Brasil, bem como, alguns apontamentos sobre a inserção do Serviço Social na referida temática, mostrando aspectos das origens das distorções na questão das desigualdades as quais têm expressões desde os tempos das grandes navegações portuguesas que exploraram nossas terras no final de século XV, até as políticas atuais de Reforma Agrária..
Parte-se do suposto de que a formação do latifúndio no Brasil, originou-se desde a época colonial, e, que com a forma capitalista e o modelo de industrialização e mecanização da produção no meio rural intensificou -se a concentração fundiária, com suas inevitáveis conseqüências sociais, tais como: a expulsão e expropriação de trabalhadores rurais , assalariados ou camponeses , a migração para os centros urbanos e o aumento da população de mão – de – obra- excedentes . A questão agrária apresenta-se em uma de suas dimensões como um problema estrutural do capitalismo que no Brasil, numa de suas particularidades no tratamento das relações de propriedade foi aprofundar e consolidar o latifúndio brasileiro cujo modo de produção possui peculiaridades desenvolvidas no âmbito do sistema capitalista, incluindo dentre outros elementos que compõem a introdução e avanços de novos padrões tecnológicos na produção rural e suas expressões no âmbito dos processos de pauperização desses trabalhadores.
A consolidação do latifúndio em termos da concentração de riquezas, renda e poder tem gerado e contribuído para