questao social

1- INTRODUÇÃO Sabemos que a Questão Social evidencia-se no século XIX ocasionada por grandes transformações econômicas, sociais e políticas desencadeada pelo processo de industrialização na Europa, com a “tomada de consciência” por parte da classe trabalhadora de sua condição de exploração, onde o desenvolvimento econômico crescia na mesma proporção que o pauperismo.
Desse modo, podemos compreender que o pauperismo seja o ponto de cristalização da Questão Social, e representa o dado histórico e inédito do século XIX (Castell 1995). Conforme Alejandra Pastorine, tomando como ponto de partida a premissa de que a “questão social” contemporânea apresenta novas determinações em relação as que existiam anteriormente, afirma que as mudanças vividas nas ultimas décadas relacionam-se com as condições impostas pela “globalização financeira”(p.52.) Em muitos estudos sobre a “questão social” a originalidade não se faz presente, embora exista uma referencia a uma “nova questão social” que decorria do movimento natural de transformações sociais mais abrangentes.(p.53).ela afirma que para compreendermos o movimento do real é necessário romper com a doutrinas que admite a coexistência de dois princípios(antes/agora;passado/presente;antigo/novo)foto que não implica desconhecer as especificidades de cada momento histórico e de cada contexto social; assim podemos perceber as transformações sociais historicamente, sem cortes temporais fixos.

• Pierre Rosanvallon e a nova “questão social”

De acordo com Pastorini (2004, p. 56), o debate em torno da existência de uma “nova questão social” irrompe na Europa e nos Estados Unidos no final da década de 1970, e inicio dos anos 1980, a partir do momento em que os problemas como desemprego, pobreza, exclusão, passam a ser percebidos como estados permanentes, não mais conjunturais e residuais como se acreditava durante os “Trinta Anos Gloriosos”. Na perspectiva de que o Estado deve responder de forma inovadora a