" Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?"
Na peça Felizmente Há Luar!, muitos são os temas abordados que nos obrigam a reflectir sobre questões de primordial importância para a nossa vida. Atenta por exemplo, neste excerto de uma fala de Matilde.
“Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?” (pág. 83 da obra).
A partir do decorrer da formação, conhecimento, carácter e educação de cada um, verifica-se que é cada vez mais importante a luta por um ideal, seja ele sinónimo de liberdade, igualdade ou direito.
Tome-se por exemplo a época em que foi escrita a obra
Felizmente Há Luar!, elaborada num período da historia em que reinava a opressão, censura e acima de tudo, o medo.
Foi necessário existir quem luta-se por uma vida digna e acaba-se na “forca” para que actualmente se tenha a liberdade de expressão, comunicação e escrita, coisa que antigamente não era permitido pois tudo era analisado ao pormenor e tinha de passar pelo dito “lápis azul”.
Pode-se então observar através deste pequenino excerto da historia de Portugal, que a luta por ideais e por uma vida digna que à muito que se ambiciona e tenta alcançar, umas vezes melhor e outras pior, com mais ou menos facilidades.
Outro exemplo é a luta insistente que existe na zona de
Juarez, no México, e qual o porquê desta luta? Simples a vida de milhares de mulheres que são tratadas como objectos, são usadas para escravatura, e muitas delas após um árduo dia de trabalho, não chegam sequer a pisar o chão da casa onde vivem. O motivo pelo qual isso acontece é que além de serem mulheres num país onde ser mulher é quase como uma praga, são jovens, que lutam para ter uma vida digna e por isso acabam exploradas, violadas e mortas.
Estima-se que cerca de 400 mulheres tenham sido violadas e
depois