Quem és tu?
QUEM ÉS TU? Algo vibrava na cidade de Paris, bem como em toda a Europa, o povo podia sentir que algo estava para explodir e mudar em cento e oitenta graus toda a realidade daquele tempo. Já se podia sentir o metal vibrar, as folhas rascunharem e o tilintar na mente de algumas pessoas.
Em meados de Julho de mil oitocentos e setenta, a meia noite, uma grande conferencia dava-se inicio. Homens com grandiosos sonhos e ideias reuniam-se no auditório da Universidade de Sorbonne; e como não ter curiosidade diante de um acontecimento tão inusitado? Foi o que Alice, uma linda moça alta, loira e de profundos olhos azuis que deixavam transparecer a infantil inocência de seu intimo, apesar de sua idade, sentiu diante de tal evento. Então, como um gato sapeca que anda pelas noites escuras sem ser percebido, ela se englobou à numerosa quantidade de pessoas que circulavam internamente ao campus universitário e não demorou muito para que se atrapalhasse. Por estar no centro de um vai e vem de pessoas desesperadas pelo inicio da reunião, acabou sendo empurrada, e como o equilíbrio lhe faltara a se manter de pé, viu-se caída entre o espaço das pernas de um dos seguranças que se encontravam às portas da sala principal, e como se ele não percebesse o desencaixe da menina na reunião, simplesmente a levantou e permitiu que ela prosseguisse. Alice sentia-se confusa e ao mesmo tempo orgulhosa. Sentia-se membro de uma entidade maior... Sabia que em grandes conferências apenas pessoas de renome eram convocadas e, por algum motivo, ela fora identificada como tal.
Caminhava distraidamente pelos corredores da maravilhosa Sorbonne; as muitas formas lhe traziam a vertigem aos olhos, ao ponto de fazê-la acreditar que mesmo e meio a uma multidão se estava sozinha, mas mesmo com tantas coisas a lhe tirar o foco, ela concentrou-se no grande volume de ondas sonoras para localizar a direção do fluxo de pessoas e direcionar-se a reunião que estava a um instante do inicio.
Caminhar