Queda dos regimes comunistas na Europa de Leste

O caminho para a Democratização da Europa do Leste e o fim da Guerra fria

Universidade Católica Portuguesa de Lisboa
Instituto de Estudos Políticos

Relações Internacionais e Ciência Política
Grandes Potências Pós Guerra Fria

Ano letivo 2013/2014

Docente Mestre Carlos Gaspar

Maria Herculano

15 de Abril de 2014
Prefácio

O imenso poder da antiga União Soviética1 assombra a memória de toda a história mundial que conhecemos, essencialmente para quem a viveu, nomeadamente os países da Europa de Leste. O país soberano, a atual Rússia, capaz de terminar com a II Guerra Mundial (sem querer retirar prestígio de outros grandes países decisivos neste processo), é ainda hoje intimidante pelos seus relatos históricos, e por esta mesma razão tenciono elaborar uma reflexão escrita sobre o processo do desmantelamento do poder soviético– uma grande potência que perdeu os seus aliados como que num “efeito dominó”. O contraste do poder causa uma incomensurável curiosidade em perceber as causas que levaram ao fim da URSS. Neste sentido, o jogo de poder referido tem o seu fim com a democratização em massa dos países da Europa de Leste. Por muitos anos, os países do Leste europeu mantiveram-se na sombra de um regime comunista totalitarista, e na verdade, apesar de considerar o comunismo como “utópico” tenho de admitir a sua autenticidade no passado dos assinantes do Pacto de Varsóvia. Podemos afirmar o fortalecimento da URSS, ou a posição tão desejada por Stalin2, com início no ano de 1943 (um ano antes do fim da Guerra Mundial), quando o Exército Vermelho subestimado pela Europa Ocidental alcança a vitória perante o exército alemão, na reconquista de Stalingrad e Kursk3, Contra o Grupo Central de Exércitos alemão, os Russos empregaram 1 250 000 homens, mais de 5000 tanques e 6000 aviões, uma superioridade de 5 ou 6 para 1 em homens, 7 ou 8 em aviões, e 9 ou 10 em tanques. (2006: 257). O percurso rápido e triunfante da