Quando tratar na infância e adolescência

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Quando Tratar na Infância e adolescência
Não se sabe ao certo quando, exatamente, a criança deixa de lado a chupeta e adota a televisão, no sentido cultural da televisão. Não, não estamos falando da criança que vê televisão e chupa chupeta ao mesmo tempo. Essa não nos preocupa tanto agora. Falamos da criança que encontrou na televisão, por meio da imagem e do som, a sedução estética, a provocação e estimulação sensitiva, os temas de relevância atual, tais como a violência, o amor, a sexualidade, a amizade, a traição, o desejo, a ganância, o sucesso.
E antes que pudéssemos ver a criança passar placidamente para a pré-adolescência e adolescência, vemos hoje surgir um ser infantóide ou adolescentóide que se torna um consumidor crescentemente voraz dos objetos e das coisas, os quais, apresentados como a última novidade e requisito para a felicidade, aliciam o desejo do consumo.
Cerca de 5 milhões de crianças demonstram problemas mentais, segundo informa a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). São dados levantados através de uma pesquisa para estimar a prevalência de sintomas dos transtornos mentais mais comuns na infância e na adolescência (de 6 a 17 anos) e as formas de atendimento mais utilizadas.
Para essa pesquisa foram entrevistadas 2002 pessoas, em 142 municípios de todas as regiões do Brasil em 2008. Aproximadamente 12,6% das mães entrevistadas relataram ter um filho com sintomas de transtorno mental importante ao ponto de necessitar tratamento, significando que 5 milhões de crianças 6 e 17 anos apresentam sintomas de transtornos mentais importantes.
Pela pesquisa, entre essas crianças com problemas mentais, 28.9% não conseguiu tratamento, 46,7% obtiveram tratamento no SUS e 24,4% conseguiu tratamento através de convênio ou particular. Para a Dra. Tatiana Moya, especialista em psiquiatria da infância e adolescência, a pesquisa reforça o que os profissionais vivenciam na prática: “Não temos onde atender, encaminhar e dar assistência. É um

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