Qualidade da escola publica
Inicialmente o acesso da escola era exclusivo e para poucos e tinha uma ideia de qualidade em formação de seus alunos que compunham a elite. Ela cumpria o seu papel através de provas de seleção e eliminação dos que tinham mais dificuldades. Sendo assim, a escola não fazia nenhuma questão de se adaptar as necessidades de seus alunos, e com a bandeira de garantir a qualidade excluía os que não conseguiam se adaptar ou atender a sua exigência para continuidade e término.
A partir de meados dos anos 70, após o período dos anos dourados do capitalismo, e com a crise de emprego e baixo desempenho da economia ocorre uma crise do bem estar social, que já almejava alguns direitos, associado a isso também havia o aumento da taxa de mortalidade, pois mais pessoas estavam se envolvendo com violência e drogas, aumentando assim os custos do governo com tratamentos em hospitais e outros gastos indiretos por conta desses fatores. Isso gerava um déficit ainda maior em relação ao sistema de ensino, pois com tudo isso o governo ainda corta custos e verbas para os serviços sociais, que acaba piorando o quadro. Isso além de outros fatores, como a luta pelo direito dos trabalhadores, a igualdade de gênero, gera uma discussão para a ampliação do acesso a escola.
A partir disso temos uma democratização do ensino que apenas amplia as vagas, mas não se atenta a qualidade, mas isso em si também é uma discussão, pois como podemos comparar a escola de antes da democratização com a que surgiu depois? A escola na verdade se transformou e não podemos supor levianamente que foi exclusivamente de forma negativa, pois de que outra forma os alunos que não tem capital cultural para serem aprovados em exames admissionais ou capital financeiro para pagar professores ou cursos particulares iriam ter acesso ao ensino? Para esses o direito foi conquistado, porém outros fatores surgiram para dificultar ainda mais a realização de uma escola de qualidade.
Durante esse período