QUADRO TEORIC1

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1. QUADRO TEORICO

Ao falar um pouco sobre a historiografia do livro didático brasileiro é certo começar pela primeira experiência de se criar um espaço escolar para a divulgação dos saberes, no caso, a educação iniciada com os Jesuítas por volta de 1550. Embora o livro didático como manual escolar só fosse aparecer por volta do século XIX, obras de cunho didático eram impressas para atender aos alunos brasileiros do colégio de São Paulo de Piratininga. Segundo Junior (2008 apud MORAES 1979) não havia livros para todos, pois os mesmos eram oriundos da Europa, enviados pelos padres da companhia de Jesus ou pelos Reis e possuíam alto custo. Sendo assim os padres retiravam dos livros os apontamentos principais e os próprios redigiam e distribuíam para que os demais alunos acompanhassem as aulas. Na visão de Junior (2008 apud LAJOLO 1991) havia distinção entre o livro didático como conhecemos hoje e o livro escolar usado no começo do processo de educação brasileira. Para ele:

O primeiro termo pode ser reservado para livros escritos, desenhados e produzidos especificamente para seu uso no ensino, enquanto o segundo se utilizaria para livros empregados no ensino, mas menos ligados às sequências pedagógicas (Lajolo 1991).

Os livros eram escritos em latim e chegava ao Brasil para compor as bibliotecas dos Colégios através das compras feitas pelos próprios padres ou também através de doações de algum benemérito de letras como afirma Junior (2008 apud LEITE 1938) no caso do benemérito Marçal Beliarte que comprou em 1553, de uma só assentada à quantia de 15$000 de réis em livros que foram enviados ao Brasil. Como os livros eram escassos havia um grande cuidado por parte dos padres para a sua preservação.
No século XIX quando a família real portuguesa chega ao Brasil, a produção e a circulação de livros melhora devido o fato de junto com ela ser instalada também a imprensa Régia. Mas o fato ocorrido não mudou muito, pois 84% da população, ou seja, sua maioria ainda era

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