Pílula do Dia Seguinte: Abortividade?

Ao estudar os sistemas reprodutores, e, posteriormente, doenças sexualmente transmissíveis (DST´S), como também, métodos contraceptivos, muitas questões não só biológicas e fisiológicas foram postas em pauta. Além desses questionamentos, surgiram dúvidas voltadas, sobretudo, as questões sociais e humanas. Em virtude destas, foi proposto uma discussão, discussão essa acerca do aborto. A consistência da discussão é extremamente simples: O aluno deveria redigir um texto, em que, nele, dissesse os motivos que o levaram a decidir se o uso da “pílula do dia seguinte” é, ou não, abortivo.
Baseado no que foi dito, gostaria de esclarecer determinadas circunstâncias:
1) Essa pílula busca, sistematicamente, bloquear a ovulação, assim, diminuindo a incidência de gravidez. Ou seja, se a mulher em questão não houver ovulado ainda, o anticoncepcional, atuando como urgência, impedirá, ou retardará a liberação do óvulo, evitando, com isso, a ovulação. Contudo, a pílula não impede, tampouco, inviabiliza a formação do endométrio gravídico;
2) No Brasil, o aborto é ilegal. Entretanto, embora não seja permitido legalmente, inúmeras e incontáveis mulheres são mortas devido à precariedade das clínicas clandestinas. Essas mesmas mulheres, em sua maioria expressiva, são pobres; mulheres que descuidaram-se e cometeram um gravíssimo e, no Brasil, fatal erro. Em decorrência desses fatos, eu não somente apoio, mas também, proponho que o aborto seja descriminalizado e regulamentado.
Agora que ressalvas foram devidamente feitas, volto-me ao foco da questão: A pílula do dia seguinte é abortiva?
Primeiramente, gostaria de manifestar-me com excessiva crítica ao nosso sistema estabelecido. Eu não acho correto, tampouco imparcial, que pessoas utilizem-se de opiniões pessoais, próprias, para afetar vidas alheias, não pertencentes ao falante. O nome é autoexplicativo – opinião pessoal. Isso implica – ou, ao menos, deveria implicar – que, a opinião é refente somente àquela pessoa do discurso.