Publicidade e proganda

pressupõe a retroalimentação ou feedback ao longo de todo o processo.
Em resumo, pode-se dizer que todo esse conjunto de co- nhecimentos não apenas permitia a um grego sentir-se verdadeiramente parte de sua sociedade, do ponto de vista interno da mesma - ser um verdadeiro cidadão, na acepção que hoje temos deste conceito - quanto distinguir-se dos cidadãos de outras cidades-estado. Ou seja, um grego podia identificar-se verdadeiramente como parte de uma sociedade, integrado a uma comunidade (o termo grego é koiné, hoje mais conhecido no campo da Lingüística), Tanto isso é verdade, que se distinguia, entre os cidadãos, os estrangeiros (aqueles que se aproximavam da comunidade grega mas dela não faziam verdadeiramente parte, mas sim de outra(s) comunidade(s). A esse(s) se recebia(m) com respeito e honra, e podia(m) ocupar os principais lugares nos anfiteatros, por exemplo. De outro lado, havia os bárbaros, aqueles que de modo algum integravam a comunidade helênica.
A comunicação, assim, contribuía, no dia-a-dia, para constituir e formalizar a comunidade grega, integrando todos os seus participantes.

2. Roma, do século I aC'ao século I de
Quando Caio Júlio César (102-44 aC), o primeiro dos doze imperadores romanos, cruzou o Rubicão, desobedecendo às ordens do Senado, no ano 45 aC, e tomou-se o único mandatário de Roma, apenas ampliava o poder que, desde antes, exercia com eficiência e cuidado. Tanto cuidado tinha que, general consagrado por sucessivas vitórias que ampliaram e consolidaram o Império, providenciava cuidadosamente para que se registrassem com detalhes suas façanhas, em textos que ainda hoje se lêem com interesse e entusiasmo.
Que tenham sido escritos pessoalmente por ele, ou mandados escrever por um escriba, escravo ou não, é o que menos importa.
80

Ao contrário dos historiadores gregos, seus predecessores, como Heródoto e Tucídides, que escreviam sobre o passado, Júlio César escrevia sobre o presente, à medida