Psilogia do adulto e do idoso

Reflexão dos episódios da série In Treatment

Esta série retrata uma mulher (Frances) que há tempos fora bem-sucedida quer no mundo do trabalho quer no seu casamento, mas de um momento para o outro depara-se com as crises da meia idade. Divorciada há dois anos e com uma filha de quinze anos (Izzy), vê-se perdida no vazio da solidão, isto porque parece que a sua vida estagnou, ou seja, segundo Vaillant há uma manutenção da rigidez.
Assim esta actriz está psicologicamente instável, pois Frances não consegue improvisar, esquece-se das falas a meio ou não se lembra mesmo. Tal como Erikson diz no seu sétimo estádio: generatividade vs. estagnação – cuidado, Frances nesta etapa devia consolidar a sua carreira bem como a maternidade.
Palavras como menopausa, decisões são o género de um tabu para ela, isto é, não consegue lidar normalmente com estas instâncias da sua idade – acontecimentos normativos.
Porém desde cedo que Frances revela alguns problemas, pois quanto há gravidez ela pensava que o facto de engordar seria um factor para o Russell (ex-marido) não a querer; em relação ao casamento ela só o fez porque se dizia surpresa com a ideia; quanto à amamentação, Frances, estava reticente, no entanto, “aprendeu amar o peito a esvaziar para amamentá-la”.
Desta forma, nota-se que Frances tem uma certa dificuldade em lidar com as transições desenvolvimentais e, logicamente, demora um pouco mais a ultrapassar as crises próprias da sua idade.
Também, revela muitos ciúmes em relação à sua própria irmã. Irmã essa que tem um cancro, Frances anda a evitá-la porque diz que tem medo do resultado do teste, em contrapartida, diz que se tiver cancro que não vai aguentar porque está sozinha, mas que se estivesse com o Russell que provavelmente o casal se uniria nessa situação, ou seja, esta adulta revela saudade da sua relação e muito mais da sua filha.
Assim, posso afirmar que no nível de transição descrito por Loevinger: individualista/individuação, Frances está num conflito