Psicóloga

1449 palavras 6 páginas
ANÁLISE DO FILME:
“O PERFUME - A HISTÓRIA DE UM ASSASSINO”

“O Perfume - A História de um Assassino” conta-nos a história do jovem Jean Baptiste Grenoville, nascido debaixo da banca onde sua mãe vendia peixes. Ele foi parido no meio do lixo, ao lado do Cemitério dos Inocentes, teve seu cordão umbilical cortado com o mesmo facão que sua mãe cortava os peixes. Nasceu como lixo, para ser descartado como tal, assim como seus irmãos nascidos anteriormente, mas sobreviveu apesar da tentativa de infanticídio por parte de sua mãe, que foi executada por esse motivo.
Logo após o nascimento, as narinas de Grenoville demonstraram uma capacidade incomparável e captaram todos os odores daquele ambiente, que invadiram seu corpo e essa impregnação olfativa foi o marco de toda a sua existência. Para Winnicott, o bebê nasce não-integrado e a integração psique-soma, ou seja, a construção do “eu”, da identidade do indivíduo, é uma conquista gradual, resultado da somatória das experiências do bebê aliados aos cuidados maternos adaptados às suas necessidades. Porém, se o cuidado materno não é suficientemente bom, então, o bebê não consegue desenvolver o seu “eu” e não vem à existência. Quando Winnicott diz: “não existe isto que se chama um bebê”, ele refere-se ao fato de que um bebê não existe sozinho, já que não pode sobreviver sem a figura materna, que lhe atende tanto em suas necessidades físicas quanto psíquicas e possibilita seu amadurecimento psicossomático. Sob essa ótica, penso que Grenoville nunca alcançou o estágio de “ser eu mesmo”, nunca experimentou o sentimento de existir dentro de sua própria pele, de ser um indivíduo único e exclusivo no mundo, mas ficou preso no mundo das sensações, no mundo olfativo. Ele foi um sobrevivente e buscou no olfato as evidências de estar vivo, ao perceber os milhares de odores do mundo ao redor, sentia-se vivo.
Winnicott ainda aponta que o bebê precisa ser respeitado em seu ritmo natural de desenvolvimento, em sua espontaneidade e

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