Psicultura

Técnica muda sexo de tilápias para aumentar peso

ECONOMIA — Projeto da Escola Técnica Agrícola de Santa Cruz reverte gênero sexual de peixe; especialista garante que na há risco para o consumo humano

TRANSFORMAÇÃO — José Ricardo mostra tilápia que passou pela técnica de reversão de sexo
Através de tratamento hormonal, a Escola Técnica Estadual Orlando Quagliato, de Santa Cruz do Rio Pardo, realiza a reversão sexual dos peixes das espécies tilápia. O processo transforma cerca de 95% dos animais que passam pelo procedimento em machos. Segundo profissionais responsáveis pela técnica, o objetivo é obter maior lucro com a venda dos animais, já que os machos são maiores que as fêmeas. Além disso, eles garantem que não há risco do hormônio ser transmitido para o ser humano.
Também conhecida como Escola Agrícola, a ETEC de Santa Cruz do Rio Pardo realiza o processo de reversão sexual há cerca de 10 anos. De acordo com o técnico agropecuário e responsável pela piscicultura da instituição, José Ricardo de Souza Lima, os ovos são coletados da boca das tilápias fêmeas, enviados para o laboratório, classificados e encaminhados para a incubadora. “Depois do nascimento das larvas, os animais são levados para outro reservatório, onde é feita a reversão”, explicou.
José Ricardo lembrou que, até os 15 dias de vida, o peixe não está com o órgão reprodutor desenvolvido, mesmo que geneticamente já esteja definido o gênero sexual. “Através da alimentação, com ração combinada com hormônio masculinizante, nós conseguimos que 95% dos peixes desenvolvam o gênero masculino”.

EM CATIVEIRO — Peixes ficam em tanques com combinado hormonal
O técnico agrícola afirmou que o motivo para a reversão sexual dos animais é uma melhor comercialização do produto. A tilápia macho, via de regra, é maior que a fêmea e, por este motivo, a quantidade de carne é maior. “Além do tratamento hormonal, a escola realiza o cruzamento das espécies israel (masculina), que é mais alta, e londrina