Psicopatologia

Escreve sobre a importância de Philipe Pinel para a história da Psicopatologia. O médico francês Philippe Pinel (1745-1826), nomeado em 1793 responsável pelo sistema hospitalar parisiense, insistiam que a “loucura” era uma doença em resposta a intensas pressões e condições inumanas. Para Pinel e outros reformadores, o tratamento significava elevar o moral dos doentes mentais ao desacorrentá-los, conversar com eles, substituir a brutalidade pela gentileza, o isolamento pela atividade, a sela suja pelo ar fresco e pelo Sol. A ação de Pinel de libertar os doentes mentais das suas cadeias, como a “primeira revolução” no campo da saúde mental (Hobbs, citado por Vidal, 1991), foi uma contribuição necessária para desenvolver o estudo sobre a psicopatologia. O contributo psicopatológico de Pinel foi ter sabido conjugar o ter em conta o sujeito na sua globalidade e o reconhecimento de sintomas, susceptíveis de serem abordados por si mesmos e de diferentes formas. Pinel substituiu a noção imprecisa de loucura pela de alienação, teorizada em torno da noção de «causas morais». Deve-se-lhe a criação de instituições especiais, os asilos de alienados, prefiguração dos hospitais psiquiátricos modernos (Ménéchal, 2002).
Com a visão diferente de Pinel sobre que a loucura é uma doença ou enfermidade, a partir daí os “loucos” passaram a ser vistos como doentes que necessitavam de tratamento clínico. Desencadeando o interesse em estudar as causas das doenças e descobrir tratamentos adequados para o bem star desse paciente.
A psicopatologia está ligada a diversas vertentes, porém é foco de muitos estudos nas disciplinas de psicologia, psiquiatria e corpo teórico psicanalítico. Na Psicologia faz parte da Psicologia Clínica, Psicologia Geral e Psicologia ligada às neurociências entre outros. Ou seja, pode ser caracterizada como o estudo descritivos dos fenômenos psíquicos “anormais’, estudando gestos, comportamentos, expressões e relatos